domingo, 26 de fevereiro de 2017

PENCA ou COUVE TRONCHUDA ou COUVE PORTUGUESA

A penca, também conhecida por couve portuguesa ou tronchuda, tem várias origens e cada um “puxa a
brasa à sua sardinha ou a couve ao seu bacalhau”, acabando por se dizer que a penca de Trás-os-Montes é a melhor, mas, outros dizem que a penca do Douro é que é saborosa, assim como há outros que atribuem melhores qualidades à penca da Póvoa (Minho).
Umas e outras, têm naturalmente características muito próprias devido às condições e climáticas o que lhes confere sabores particulares e muito apetitosos.
Relíquia da gastronomia das famílias de Portugal, as couves tronchudas enchem os tachos e as panelas em diferentes épocas do ano e dão mais cor ao Natal, sendo parceiras regulares do fiel amigo, o bacalhau!
As couves, devido ao seu alto e valioso valor nutricional são um dos principais legumes utilizados na medicina tradicional desde a antiguidade.
Nas antigas civilizações da Grécia e Roma costumava-se comer couve antes de uma refeição farta, ou simplesmente para prevenir doenças do estômago ou uma indisposição.
No Egipto era prática comum ingerir algumas folhas de couve em vinagre antes de um grande banquete ou festa, com o fim de prevenir uma eventual ressaca. 
No final da idade média, a couve era utilizada para a cura de diferentes males, e havia ainda a ideia de se comer couve diariamente evitaria o aparecimento de doenças.
 Estudos e investigação nesta área revelaram que a utilização das couves para a cura e prevenção de certas doenças é realmente eficaz devido à sua composição nutricional e por ser um anti-inflamatório, antibiótico e anti-irritante natural.
Atualmente a couve ainda é utilizada com alguma regularidade nas seguintes situações:
- Evitar ressacas (deve-se consumir couve com vinagre antes de se ingerir álcool, alguns países inclusive utilizam a couve como aperitivo em bares.);
- Aliviar a prisão de ventre (para aliviar a prisão de ventre deve-se consumir pratos com couve cozida.);
- Evitar má disposição (deve-se consumir algumas folhas de couve crua ou cozida antes de uma refeição pesada.);
- Curar e aliviar a dor de úlceras gástricas (a receita tradicional para as úlceras é a de 1L de sumo de couve durante 8 dias. Contudo esta prática não deve ultrapassar os 8 dias, nem deve ser mais de um litro pois este sumo pode inibir o organismo de absorver o ferro e consequentemente criar uma anemia.);
- Cortes e feridas (para uma cicatrização rápida deverá aplicar-se uma folha de couve fresca sobre a ferida.);
- Dores, inchaço e feridas no peito devido à amamentação (em caso de uma amamentação dolorosa, para aliviar a dor e o inchaço, deve-se abrir ao meio os caules e os veios das folhas e aplicar sobre a zona afectada.);
- Prevenir e curar constipações e gripes (a couve é por excelência uma fonte de vitamina C, contudo para prevenir gripes e constipações tem que ser consumida crua pois ao ser cozinhada perde quase metade da grande quantidade de vitamina C que possui)
Há já alguns anos que a couve tem vindo a ser utilizada pelos praticantes de medicina tradicional, como homeopatas, no tratamento do cancro através da dieta. Mas foi recentemente que estudos levados a cabo no Japão e EUA mostraram que a couve é realmente eficaz na prevenção de certos tipos de cancro, como o do cólon e cancros da mama e dos ovários pois estimula o metabolismo das mulheres.
Outro estudo levado a cabo recentemente em Lyon, França, veio comprovar que comer pelo menos uma vez por semana couve ou brócolos previne o cancro do pulmão em 70% dos indivíduos, pois estes vegetais são ricos em isothiocyanate, um químico natural que protege contra este cancro.
Por fim, Investigadores da Universidade Nacional de Seoul, Coreia do Sul, após alimentarem com couve chinesa (napa) 13 aves contaminadas com o vírus da gripe das aves constataram surpreendentemente que em 1 semana 11 das 13 aves recuperaram. 
A couve é rica em vitamina A (indispensável para a vista e para a pele), vitamina C, K e algumas do complexo B. Também é rica em cálcio (oferece tanto quanto o leite), fósforo e ferro, minerais muito importantes para a formação e manutenção dos ossos e dentes. Além disso, contém bastante celulose, uma substância óptima para o funcionamento do intestino.
Propriedades medicinais: anti-helmíntica, anti-reumática, aperiente, béquica, cicatrizante, condicionante, estimulante, expectorante, fortalecedora.
Indicações: acalmar cólicas (sementes), artrite, bronquite (ajudar), asma, catarro, cicatrizar úlcera gástrica e duodenal, desinfetar o intestino, diminuir desejo por bebidas alcoólicas, doenças inflamatórias da pele, dores (ciáticas, reumáticas, nevrálgicas, de gota), estimular o apetite, febre, fortificar crianças em fase de crescimento, gota, prisão de ventre, reumatismo, seborreia do couro cabeludo, tosse, vermes.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

FEIRA DE PLANTAS

À semelhança do que passou nos dois últimos anos,  irá decorrer, a 27 de março, no Dia do Agrupamento, uma feira de plantas "A Feira da Primavera".
Deixamos, aqui, alguma fotos das feiras dos anos transatos.
Esperamos pela vossa visita!

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Calendário Agrícola - Sementeiras de fevereiro

Fevereiro
Cavar, ou lavrar a fundo, os terrenos que estejam livres e estrumar essas terras.
Semear: abóboras, acelgas, alface, alho-francês, beterraba, cebolas, cenouras, coentros, couve-flor serôdia, couve-de-grelos, espargos, ervilhas, espinafres, favas, feijão, malaguetas, melancia, nabiças, nabos s, pimentos, repolho,  salsatomate, tronchudas...
Plantar batata.

Calendário Agrícola - Sementeiras de janeiro

Janeiro
Devem preparar-se os canteiros, os talhões e as leiras, cuja terra deverá ficar muito limpa, fofa e sem torrões. Como neste mês são frequentes as geadas, as plantas devem ser cobertas de noite com esteiras, giestas, urzes, etc.
Semeiam-se favas, ervilhas, alface, rabanetes, couve-flor, brócolos, repolhos, cebolas, cenouras, etc. 


sábado, 18 de fevereiro de 2017

AS PLANTAS AROMÁTICAS

Cozinhar com ervas aromáticas é muito saudável e recomenda-se o seu uso, em troca de condimentos menos saudáveis, como é o caso do sal. Além das suas características aromáticas e dos seus distintos sabores, as plantas aromáticas, são também muito utilizadas como tratamento natural para dores e outros problemas de saúde. . Existem dezenas de ervas aromáticas que podem ser cultivadas, algumas mais tradicionais do que outras.



Conheça algumas ervas aromáticas, suas propriedades terapêuticas e usos culinários.
Alecrim:  realça o sabor de aves e da carne, suas folhas contem um óleo. É, também, empregue em unguentos contra dores musculares. Acredita-se o chá de alecrim alivie as dores de cabeça.
Artemísia:  é indicada como estimulante do apetite e contra dores de cabeça, enxaquecas, cólicas e doenças das juntas como reumatismo e artrite.
Beldroega: as folhas e os talos são consumidos na forma de saladas e têm propriedades laxativas e diuréticas. Alguns fitoterapeutas consideram-na útil no tratamento de bronquites e problemas estomacais.
Cebolinha: realça o sabor de batatas, sopas e cozidos. A cebolinha contém enxofre, que pode reduzir a pressão arterial se consumida em grande quantidade.
Coentro: o sabor forte de suas folhas enriquece molhos e pratos à base de aves e de vegetais. Recomenda-se mascar as folhas ou as sementes para alívio da indigestão.
Dente-de-leão: considerada, por muitos, uma erva-daninha, o dente-de-leão é uma planta com muitas propriedades terapêuticas. As raízes e as folhas (ricas em vitamina C) têm efeitos diuréticos, laxativos e depurativos.
Endro: utilizado em picles, nas sopas, nos molhos para saladas e nos pratos à base de peixes, o endro também alivia gases intestinais. É comum dar chá de endro bem fraco a bebés com cólica.
Erva-doce ou anis: consumida na forma de chá, tem efeito calmante, diurético, antiasmático e digestivo. Ingerido regularmente durante o período de amamentação, costuma aumentar a produção de leite materno.
Hortelã: as folhas dão sabor às frutas, aos sorvetes e à carne de carneiro. O chá de hortelã auxilia a digestão; quando mascadas, as folhas refrescam o hálito.
Louro: usada como tempero de sopas, guisados e cozidos, as folhas de louro também podem ser utilizadas em chás, proporcionando alívio contra gases.
Manjericão: base de diversos pratos, o manjericão, quando utilizado em grande quantidade, funciona também como fortificante e antigripal. Acredita-se que o óleo desta planta sirva como repelente contra insetos.
Orégano: muito utilizada em recheios, nas saladas e nos pratos à base de tomate, as folhas do orégano são consideradas digestivas e descongestionantes.
Salsa: quando consumida em porções de pelo menos 30g, contém uma boa quantidade de vitamina C (no caso da salsa fresca), cálcio, ferro e potássio. A salsa também é rica em BIOFLAVONÓIDES, monoterpenos e outras substâncias anticancerígenas.
Salvia: usada em muitos pratos de aves e carne de porco preparadas com recheios à base de pão. O chá de sálvia é usado como digestivo e como líquido para bochechos e gargarejos, agindo contra gengivites, aftas e inflamações da garganta.
Tomilho: erva favorita da tradicional cozinha italiana, o tomilho é usada também em chás, para aliviar distúrbios intestinais, em gargarejos, contra inflamações da garganta, e em xaropes, para tratamento de tosses e congestões respiratórias.

Muitas das ervas são cultivadas exclusivamente devido a suas propriedades medicinais.
Babosa (aloe vera): as folhas libertam um visgo que pode ser usado topicamente para curar queimaduras e ferimentos leves. Alguns livros recomendam a ingestão desse visgo por suas propriedades tônicas e curativas. Cura ulcera, gastrites e inflamações no estomago entre outros.
Flor de primavera:  o emprego da flor de primavera é eficaz no tratamento do LÚPUS e de certos tipos de ARTRITE inflamatória, dos sintomas pré-menstruais, de dores nas mamas e de diversos outros distúrbios. Cuidado: o ácido gama linoléico reduz a capacidade de coagulação, seu uso pode trazer problemas de sangramento, principalmente nas pessoas que consomem aspirina ou remédios para afinar o sangue.
Ginseng: os chineses usam o ginseng para fortalecer o sistema imunológico, aliviar a febre e a dor, acelerar a cicatrização, curar a depressão e a fadiga e tratar problemas de impotência.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

FLORES NA HORTA


As flores na horta são necessárias, pois protegem as culturas agrícolas, atraindo insetos benéficos. Há flores que são capazes de acabar com algumas pragas na horta, outras têm propriedades que funcionam como repelente dos insetos nocivos para as culturas. Existem, ainda outras, que são como íman para pragas. Essas pragas, em vez de afetarem as culturas,  vão atingir nas suas flores preferidas.
 As flores são, também, importantes para atrair os insetos polinizadores que são fundamentais para fertilizar as flores de todas as culturas que necessitam da polinização para se produzirem.
Algumas flores que devemos ter na sua horta:
Alecrim
: o alecrim é capaz de defender-se da larva da couve e da mosca da cenoura. Atrai polinizadores.  
Alfazema e Lavanda: atrai abelhas, zangões e borboletas.
Calêndula: repele pulgões, percevejos, mosca branca e nematodes. Repele o escaravelho do espargo. Atrai muitos insetos benéficos para uma horta
Cidreira: é uma planta medicinal usada como repelente de insetos, sendo muito efetiva contra moscas, mosquitos e formigas.
Coentro: o coentro, largamente utilizado na cozinha, é eficaz no controlo de afídios e ácaros.
Cravo: planta-se para acabar com as pragas de nematodes, cochonilhas e outros animais que atacam as raízes das plantas.
Flor-de-chagas : também conhecida como flor-de-sangue ou agrião-do-méxico, é uma flor que pode ser comestível, sempre e quando se cultive sem o uso de pesticidas. Repele nemátodos, vermes que atacam e matam as plantas, e insetos. Mantém os bróculos livre de pulgões, as abóboras livres de vermes. Afasta o pulgão, caracóis e formigas.
Funcho: amplamente utilizado em saladas e, nalgumas culturas, em confeitaria e licores. Tem a capacidade de repelir as larvas
Gerânio: para além de ser uma planta muito bonita e com flores de várias cores, os gerânios ajudam a proteger a horta. É um repelente natural de insetos.
Hortelã: o odor da menta repele leptidópteros, como as traças, formigas e ratos. Nos limites da horta afasta as formigas. Também repele roedores. Atrai abelhas, zangões e borboletas. Ajuda a controlar as pragas de insetos.
Manjericão: repele e afugenta a mosca branca, mosquitos, moscas e percevejos. É muito usada em cultivos de tomates e pimentos. Atrai polinizadores, aumentando assim a produtividade das plantas.
Sálvia - é uma grande parceira do alecrim. Atrai polinizadores.
Tagetes: vulgarmente conhecido como cravo-de-defunto, por possuir odor considerado forte e até desagradável, ele é um ótimo repelente natural de muitos insetos e protege contra os nematóides.
 Tomilho: esta planta, muito utilizada na cozinha, requer pouco cuidado e tem preferência por terras firmes. O tomilho praticamente não tem inimigos. Afasta a larva da couve. Atrai abelhas e repele insetos indesejáveis.